Antes de 3000 A.C., mulheres de Minoan usaram sutiãs primitivos e espartilhos para enfatizar suas mamas. O primeiro verdadeiro sutiã foi inventado no século 13, sendo utilizado em conjunto com diversos estilos de roupas para aumentar as mamas e atrair os homens.
O século 18 marcou o início das tentativas invasivas de aumento mamário. Mamas volumosas foram tão desejadas que as mulheres se submetiam a procedimentos dolorosos e desfigurantes, com implante de marfim, vidro, metais e borracha nas mamas. Estes procedimentos não apenas falhavam em promover aumento mamário, como também causavam inúmeros problemas médicos.
O interesse em descobrir meios mais permanentes de aumentar a mama foi redespertado, e materiais como parafina, vaselina e óleo de oliva foram injetados nas mamas. Estes tratamentos radicais novamente causaram complicações e resultados estéticos horríveis.
Na década de 1930, novos métodos de aumento mamário rapidamente surgiram, incluindo enxertos de tecidos autógenos, como derme, gordura e fascia. Inúmeras mulheres se submeteram a estes novos procedimentos na tentativa de alcançar o fenótipo desejado, apesar dos pobres resultados estéticos.
Na década de 1950, a primeira capa da revista Playboy, Marilyn Monroe, glorificou as mamas volumosas. Durante os anos de 1950 e 1960, silicone líquido foi injetado diretamente na mama na tentativa de aumento de volume. Em última análise, este método foi considerado ineficiente e inseguro, com o silicone invadindo e destruindo os tecidos adjacentes. Como resultado, muitas mulheres tiveram que realizer mastectomias corretivas.
A imagem promovida pela mídia tem contribuido para o interesse contínuo de aumento do volume mamário. Com o advento dos implantes sintéticos nos anos 60, percebeu-se que esta imagem poderia ser obtida mais facilmente e com mais segurança.
A mama repesenta feminilidade e sensualidade da mulher, tão valorizada na midia e na sociedade moderna.
Como ilustração, temos que o diagnóstico de mamas pequenas foi tido como uma “doença” pela American Society of Plastic and Reconstructive Surgeons (ASPRS), levando em 1983 a uma petição à FDA (Food and Drug Administration) em apoio aos implantes mamários.
Estes fatores determinam alguns dos motivos subjacentes que tornaram a cirurgia na mama feminina, tanto estética como reconstrutora, uma área de grande interesse e desafios formidáveis aos cirurgiões plásticos.
1. Grazer FM, Klingbeil JR. Body image: A surgical perspective. St. Louis: Mosby, 1980.
2. Haiken E. Venus envy: A history of cosmetic surgery. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 1997.
3. Mellican, R. E., “Breast implants, the cult f beauty, and a culturally constructed ‘disease’”. Journal of Popular Culture.